PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA



TENENTE PORTELA/ RS



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Evangelização na atualidade

Evangelização na atualidade

A realidade atual nos interpela a buscar novos caminhos. Para isso, é necessário ter claro o ponto de partida da ação evangelizadora, a saber: partir daquilo que as pessoas vivenciam no seu cotidiano, afim de anunciar um Evangelho encarnado. “Acontece freqüentemente que chegamos com programas de evangelização em cima de grupos, sem primeiro perguntar se estes programas de fato correspondem às necessidades de tais grupos”[1]. Essa sensibilidade do evangelizador é de vital importância, pois determina os rumos da evangelização.

Se as ações e as palavras não ressoam na vida, no coração, na alma dos seres humanos, não passarão de ações ineficazes ou ruídos que soam sem nenhum sentido. É preciso planejar a ação evangelizadora de forma comunitária, possibilitando o envolvimento das pessoas e estas trazem consigo as suas necessidades existenciais, espirituais... que vão sendo sancionadas na medida em que as escutamos atenciosamente, que procuramos agir em seu favor. Muitas das dificuldades humanas são resolvidas na vivência comunitária, na ajuda mútua e no amor fraterno.

Quando se planeja um projeto de ação pastoral em conjunto, mesmo que o processo seja lento, o resultado se torna mais eficaz. Quando o sujeito toma parte da ação, se torna protagonista, este fará o possível para ver o projeto ser realizado.

 “Antes de tudo, evangelizar significa inserir-se gratuita e respeitosamente no contexto onde se quer desencadear um processo de evangelização inculturada”[2]. O evangelizador ao sentir o que os outros sentem, perceberá melhor as necessidades e a partir deste sentimento, não apenas emocional, mas refletido, analisado, desenvolverá em conjunto com os demais irmãos, projetos que auxiliam as pessoas a saírem daquela situação opressora em que se encontram ou promover os valores apreciáveis desta cultura.


Padre Rudinei Negri - Tenente Portela



[1] Renold BLANK, Ovelha ou protagonista? A Igreja e a nova autonomia do laicato no século 21, p. 14.
[2] Agenor BRIGHENTI, A Igreja perplexa: a novas perguntas, novas respostas, p. 122.


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